No dia 16 de julho de 1974, morria de câncer aos 38 anos de idade no Hospital São Silvestre, no Rio, o ator e dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, deixando de herança 23 textos teatrais. De cama, ele ditou para sua mãe - pois já não conseguia mais escrever - o segundo ato de Rasga Coração. Escrita entre os anos de 1972 e 1974, Rasga Coração venceu o Concurso de Dramaturgia do Serviço Nacional de Teatro em 1974, sendo censurada logo em seguida. Apesar do imediato reconhecimento da crítica, a peça, como muitas outras de Vianinha, teve que aguardar um longo período para poder ser encenada. A estréia nacional ocorreu em 1979, no Teatro Guaíra, em Curitiba, com um elenco que contava com nomes como Raul Cortez, Ary Fontoura e Lucélia Santos, dirigidos por José Renato.
Repleta de músicas e de gírias das épocas de 30 e 60, fruto de uma meticulosa pesquisa lingüística e historiográfica, Rasga Coração é apontada como a obra prima de Vianinha, podendo ser considerada a síntese de todo o seu trabalho dramatúrgico. No prefácio da obra, o autor apresenta os objetivos da peça:
“Rasga Coração é uma homenagem ao lutador anônimo político, aos campeões das lutas populares; preito de gratidão à Velha Guarda, à geração que me antecedeu, que foi a que politizou em profundidade a consciência do País. (...) Em segundo lugar, quis fazer uma peça que estudasse as diferenças que existem entre o novo e o revolucionário. O revolucionário nem sempre é novo e o novo nem sempre é revolucionário.” Vianinha não teve tempo de ver sua obra-prima encenada nem seus objetivos atingidos, pois morreu poucos dias após a conclusão da peça.
Repleta de músicas e de gírias das épocas de 30 e 60, fruto de uma meticulosa pesquisa lingüística e historiográfica, Rasga Coração é apontada como a obra prima de Vianinha, podendo ser considerada a síntese de todo o seu trabalho dramatúrgico. No prefácio da obra, o autor apresenta os objetivos da peça:
“Rasga Coração é uma homenagem ao lutador anônimo político, aos campeões das lutas populares; preito de gratidão à Velha Guarda, à geração que me antecedeu, que foi a que politizou em profundidade a consciência do País. (...) Em segundo lugar, quis fazer uma peça que estudasse as diferenças que existem entre o novo e o revolucionário. O revolucionário nem sempre é novo e o novo nem sempre é revolucionário.” Vianinha não teve tempo de ver sua obra-prima encenada nem seus objetivos atingidos, pois morreu poucos dias após a conclusão da peça.
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